sábado, 3 de julho de 2010

Cartuns para pensar

Bem, agora teremos mais dois dias sem Copa. Abstinência forçada. Menos mal que não precisaremos ficar à espera de mais uma exibição triste da seleção brasileira, que volta prá casa com o rabo entre as pernas, sem glória nem caneco. Se Joachim Löw conseguiu montar uma Alemanha com ginga brasileira, Dunga nos fez amargar o pior pesadelo, ao armar um time previsível e burocrático bem ao estilo do futebol europeu dos anos 6o e 70.

Serão duas grandes partidas, com ingredientes épicos e espetaculares. Quatro equipes que estão praticando um excelente futebol, no qual se combinam equilíbrio emocional, eficiência técnica e tática, talento individual e garra. Mereceram chegar.

Enquanto aguardamos, nada melhor que ir aos cartunistas e humoristas, esses geniais artistas da imagem e da palavra que, com suas canetas, seu nanquim e seu papel schoeler nos ajudam a refletir sobre o que passou e o que virá.

Afinal, como escreveu o Tutty Vasquez, há uma agenda positiva a ser explorada: "Entre as lições que a eliminação da Copa vai deixar nesse grupo, Kaká aprendeu a dizer palavrão novo durante o jogo contra a Holanda".

O grande Liberati marca presença sempre com estilo: sua Vovózela é maravilhosa.

A amostra termina com o contundente traço do J. Bosco.


Azedou - por J. Bosco

4 comentários:

André Henrique disse...

auhuhaauhauhauhauauhauhuh Muito bom esses cartuns, esse da vovózela é genial, com a bifurcada no final hahaha E a laranja, de fato, arrancou a cabeça de Dunga, fora. E Joseph Blatter e o Ricardo Teixeira só podem ser deus no desenho mesmo, na vida real eles representam o outro extremo do planeta. kkk

Agora, falando de futebol, a Alemanha está jogando um futebol maravilhoso, de encantar os olhos e os corações daqueles que gostam de futebol. Uma equipe que sabe aliar equilíbrio emocional a equilíbrio tático, além de apresentar um futebol bem jogado, com tabelas bem costuradas e chutes precisos para o gol.
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Professor, posso estar exagerando, mas, das copas que vi na minha vida, de 1994 pra cá, essa é a melhor. Ela nos reservou emoções mágicas, como no jogo de Gana contra o Uruguai, um jogo franco e aberto, repleto de oportunidades e supresas. Alemanha e Argentina foi um jogaço, cheio de estratagemas, os times se respeitando, esperando a ação do outro e mesmo assim criando chances. A Alemanha abriu o placar rápido. A Argentina tentava empatar, mas ressabiada, pois sabia do poder de contra-ataque da Alemanha. Tomou o segundo gol e fez-se a tempestade, Alemanha venceu. Espanha e Paraguai também foi um bom jogo. Essa copa é incrível, ficar dois dias sem ela é realmente ruim. Sobre Dunga, o texto atual do meu blog é sobre sua convocação, não vou me estender, mas a convocação dele já mostrava as deficiências, uma equipe que, em saindo atrás, não teria potência para virar, pois não tinha, no banco, jogadores capazes de construir jogadas.

Aliás, meu texto chamou atenção de um jornalista do Mato Grosso do Sul, ele publicou, eis o link (tá no meu blog tb):

http://marcoeusebio.com.br/?a=ler-artigos&id=101

Blog do Marco Aurélio Nogueira disse...

Já tinha lido teu texto, André. Muito bom! Vc tá escrevendo sempre melhor, acho que te disse isso antes. Vá em frente! Estamos sintonizados na avaliação da Copa. Também acho que ela está sendo uma das melhores, se não a melhor das últimas décadas.
Abraço

André Henrique disse...

Obrigado, professor!

Estou indo em frente, sim, buscando caminhos nessa área.

Obrigado pelo apoio!

André Henrique disse...

Professor, a Alemanha não viu a cor da bola, abdicou de atacar e assistiu a Espanha tocar. Poucas vezes vi uma equipe com o controle de bola que a Espanha tem. Estou curioso para ver como será o comportamento da Espanha diante da Holanda, equipe que também joga tocando a bola e tem talentos individuais mais gabaritados que os da Alemanha.
A Alemanha depende do conjunto que, contra a Argentina, mesmo quando estava atrás, saia para o ataque, no entanto, contra Espanha ficou atrás e errou todos os contra-ataques, tanto pela ausência de Muller, quanto pela marcação dos espanhóis à saída de bola da Alemanha. Ponto para o Leôncio, quer dizer, Bosque. Nota baixa ao Low, que mudou a estratégia na hora errada. Os alemães ficaram no meio do campo esperando os zagueiros sair com a bola, quando ela chegava aos pés de Iniesta e Chavi Alonso, os craques da frente eram municiados com requinte. A derrota da Alemanha se explica, essencialmente, por duas razões: inferioridade técnica e erro estratégico.