Mercedes Sosa, "La Negra", foi mais que uma grande cantora. Defensora apaixonada dos direitos humanos, tornou-se um símbolo da esquerda latino-americana, que sempre apoiou.
Nascida na província argentina de Tucumán, começou a cantar aos 15 anos. Nunca mais parou. Foi censurada e perseguida durante os governos militares. Em 1979, em plena ditadura, foi presa no meio de um show na cidade de La Plata, juntamente com o público presente. Dias depois, partiu para um exílio em Paris e Madri, até 1982, quando voltou para a Argentina.
Gravou inúmeros sucesos: Si Se Calla el Cantor, Volver a los 17, Los Hermanos, La Carta, Sueños Con Serpientes. Gravou diversos duetos com artistas brasileiros, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, Milton Nascimento, Fagner e Beth Carvalho. Era considerada uma das maiores difusoras da obra da cantora e compositora chilena Violeta Parra, depois de transformar "Gracias a la vida" em seu tema emblemático.
Mercedes lançou recentemente o álbum duplo "Cantora", indicado esse ano para o Grammy Latino. Nele, dividiu espaço com Caetano Veloso, Shakira, Gustavo Cerati, Charly García, Fito Páez, Julieta Venegas, Joan Manuel Serrat, Joaquín Sabina, Lila Downs e Calle 13.
Deve ser um belo CD. Gracias a la vida.
Porque a política democrática administra o presente mas retira sua poesia da construção consciente do futuro.
domingo, 4 de outubro de 2009
Gracias a la vida, Mercedes Sosa
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Mercedes foi uma das vozes da minha infância... eu tinha medo dela!
Foi a voz da minha adolescência rebelde... eu queria ser "engajada" como ela!
Agora, adulta, além da falta do medo ingênuo e dos questionamentos dos 15 anos, eu também vou sentir falta de Mercedes. Mas não há como não agradecê-la justamente por isso!!
Postar um comentário