Em uma época de transformações profundas e aceleradas como a nossa, em que a política perde algumas de suas referências tradicionais e adquire outras novas, em que grupos, classes e instituições parecem não mais estruturar e agregar os indivíduos, ainda é possível falar em militância política? O militante, entendido como alguém que se dispõe ao engajamento disciplinado em causas de longo prazo, ou, ainda mais, ao estabelecimento de vínculos estáveis com partidos e associações, já não se mostra mais como um personagem dos dias atuais. No entanto, a exigência de militância permanece, a impulsionar ética e politicamente os cidadãos. Ela acompanha os sinais do tempo: investe mais na “política-vida” que na “política-poder”, faz-se sem entregas incondicionais e sem invadir espaços individuais, privilegia agendas amplas e usa intensivamente as tecnologias de informação e comunicação. Precisamos assimilar o novo patamar da militância política, que revela muito das sociedades em que vivemos e do modo como passamos a fazer política.Com base nessa proposição, fiz uma conferência, seguida de debate, no espaço da CPFL Cultura, em Campinas. O evento ocorreu ontem, 26 de abril de 2012.Os que tiverem interesse na temática podem acessar AQUI o vídeo da conferência. No mesmo link, existem caminhos para outros vídeos da programação, como, por exemplo, o de Renato Lessa, "Reinvenções do Brasil Republicano", que integrou o mesmo ciclo.
Porque a política democrática administra o presente mas retira sua poesia da construção consciente do futuro.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Da militância política, e além
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